A revolução da tecnologia possibilitou, desde o surgimento da internet, um acesso diferenciado às informações e as pessoas. Hoje a comunicação não tem fronteiras. Em fração de segundos, uma notícia chega em qualquer lugar do planeta. Toda essa revolução da tecnologia também traz novos desafios e seu uso pode ser conduzido para o bem ou para o mal! Fique ligado nesse post sobre internet e Cibercrimes.
O que você vai ler neste artigo:
- Quando surgiu a internet?
- Cibercrimes
- Como se proteger dos Cibercrimes?
- Todo cuidado é pouco!
Quando surgiu a internet?
A internet surgiu nos Estados Unidos, em 1969, em plena Guerra Fria, para possibilitar a comunicação mais rápida entre o exército e os cientistas, mas somente na década de 80 passou a ter uso comercial, sendo utilizada por pessoas e empresas. Desde então foi ganhando espaço no uso rotineiro das pessoas e, de acordo com o sociólogo Manuel Castells[1], hoje é uma realidade da qual já não conseguimos mais nos desconectar e com o avanço da tecnologia só irá aumentar.
De acordo com o “Relatório de Banda Larga”, produzido em 2019 pelas Nações Unidas[2], mais da metade da população mundial está devidamente conectada. No Brasil, conforme pesquisa realizada no ano de 2019 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação[3], somos cerca de 127 milhões ligados à rede e representa uma média de 70% da população do país.
Isso é algo realmente incrível e importante, pois o acesso à informação é a chave para o desenvolvimento. Mas esse processo de hiperconectividade pode acabar trazendo consequências negativas do ponto de vista penal, uma vez que, um maior acesso, pode importar também em uma maior exposição e um maior risco para o usuário.
Cibercrimes
A criminalidade sempre busca meios e facilidades para se implantar e praticar delitos. A internet aparenta ser um ambiente sem regras e que permite o anonimato, embora, na prática, isso não seja verdade. Os rastros digitais deixados, de uma forma ou de outra, acabam sendo identificados e os autores presos.
Acontece que muitos delitos praticados pela internet aproveitam esse acesso facilitado à rede em forma de engenharia social [4], ou seja, utilizam técnicas virtuais para induzir usuários desavisados a enviar dados confidenciais, infectar seus computadores com malware ou abrir links para sites infectados. Eles recrutam dados da vítima, para possibilitar invadir seus dispositivos móveis e, a partir daí, acessar seus contatos da agenda, sua conta de email e fotos.
Isso, por si, já é um grande feito quando a intenção é simular ser a vítima e solicitar pagamentos ou ainda extorqui-la para retomar os seus perfis e acesso à net. A criminalidade clássica cedeu espaço ao Cibercrime e muitos dos delitos tradicionais hoje já possuem meios de execução virtual, tais como ameaça, crimes contra a honra, crimes contra a dignidade sexual, crime contra o patrimônio, dentre vários outros.
A pergunta principal é: o que fazer para não ser vítima dessas ações delituosas?
Como se proteger dos Cibercrimes?
Importante destacar que muitas das vezes a vítima acaba contribuindo por não se precaver e acaba permitindo as invasões, como acontece nos diversos relatos de acessos em que a vítima mesmo indicou os códigos de reinicialização do WhastApp. Ou ainda quando está diante de uma aparente grande vantagem, um grande negócio, em que a vontade da vítima acaba convergindo para o cenário criminoso, deixando-a quase irracional.
Em um contexto ou em outro, é imprescindível que a vítima esteja em alerta para evitar ser alvo fácil da ação de criminosos virtuais. Medidas simples de proteção já ajudam nisso, tais como:
- Não responder mensagens ou e-mails de destinatários desconhecidos;
- Não disponibilizar senhas de uso pessoal, para terceiros, ainda que se apresentem como prestadores de serviços por você contratados, nem códigos que cheguem por SMS.
O uso desregrado e superexposto de redes sociais também têm contribuído para facilitar esse processo de aproximação e engenharia social, sendo fácil para os criminosos obter muitas informações nestes perfis e usar esses dados contra a vítima. Então, medidas simples como evitar postagens em tempo real identificando lugares, placas de veículos, locais de trabalho, de estudo ou endereços residenciais são precauções importantes.
Todo cuidado é pouco!
As palavras de ordem são cautela, estado de alerta e preservação! Seguindo essa trilha torna-se mais difícil cair nas armadilhas de engenharia social elaboradas pelos criminosos que usam a rede para propagar seus delitos e se apropriarem de valiosos dados para vitimar pessoas inocentes.
Que a tecnologia tem sido utilizada para o desenvolvimento e progresso, isso é um fato, mas, também vem sendo ferramenta para disseminação de crimes e propagação de vítimas. É preciso estar atento para evitar que fiquemos à mercê de ações como essas e acabarmos vítimas.
Reflitamos sobre a revolução da tecnologia e sobre o que temos feito para nos protegermos e àqueles que nos cercam!
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Notas:
[1]CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 2003.
[2]ONU, 2019. Disponível em:< https://broadbandcommission.org/Documents/StateofBroadband19.pdf.> Acesso em: 09 jun. 2021.
[3]Pesquisa TIC Domicílios, 2019. Disponível em: <https://cetic.br/media/analises/tic_domicilios_2019_coletiva_imprensa.pdf.> Acesso em: 09 jun. 2021.
[4]Engenharia social é uma técnica empregada por criminosos virtuais para induzir usuários desavisados a enviar dados confidenciais, infectar seus computadores com malware ou abrir links para sites infectados. (KASPERSKY, s.d.), disponível em:< https://www.kaspersky.com.br/resource-center/definitions/what-is-social-engineering.> Acesso em: 09 jun. 2021.